A Prefeitura de Fortaleza planeja fazer, do local ocupado pelos vendedores ambulantes, uma integração com a praça José de Alencar, localizada a poucos metros de distância. A união dos dois pólos deve dar origem ao chamado Parque da Cidade, que circundará a principal estação do metro de Fortaleza, o Metrofor.
Para as pessoas que trabalham e circulam próximo à Capistrano de Abreu, a reforma tem seus prós e contras. O vendedor de frutas ambulante, Ribamar do Amaral, 37, considera o aspecto positivo das transformações da Praça. "Acho que é bom. Tinha muita gente, muita coisa, estava tudo acabado", define, se referindo aos comerciantes informais que abarrotavam o espaço.
Sentada à beira da calçada e quase escorada aos tapumes que cercam a agora vazia Lagoinha, a vendedora de peças íntimas, Fabiana Ferreira, 27, lamenta a perda da clientela. Ela reclama da mudança para a Praça da Estação fato que comprometeu seu rendimento. "Ela (a Prefeita) mandou os feirantes pra lá pra morrerem de fome e essa obra não vai mudar nada, não mudaram a José de Alencar que é mais importante".
Em abril deste ano, mais de 1300 camelôs foram realocados para a Praça da Estação. Na realidade a medida atendeu a uma decisão da 7ª Vara da Fazenda Pública, que enviou pedido de desocupação para a Secretaria Regional do Centro. A prefitura já possui um projeto para a contrução do primeiro camelódromo da cidade que ficará localizado na Rua Princesa Isabel, logo atrás do novo Beco da Poeira. O terreno requisitado já foi desapropriado, restando apenas a emissão da posse.
A Sercefor foi contactada para prestar mais esclarecimentos com relação as mudanças na Praça da Lagoinha, mas até o final da produção dessa notícia não havia respondido às solicitações da reportagem.