quinta-feira, 26 de maio de 2011

Praça da Lagoinha passa por reformas e divide opiniões


A Praça Capistrano de Abreu, mais conhecida por Praça da Lagoinha. No Centro de Fortaleza, passa por transformações desde o começo deste ano. Depois de muita polêmica envolvendo os feirantes que ocupavam o espaço há vários anos, a Regional do Centro da Cidade (Sercefor), desocupou o local e transferiu os vendedores para a Praça da Estação.


A Prefeitura de Fortaleza planeja fazer, do local ocupado pelos vendedores ambulantes, uma integração com a praça José de Alencar, localizada a poucos metros de distância. A união dos dois pólos deve dar origem ao chamado Parque da Cidade, que circundará a principal estação do metro de Fortaleza, o Metrofor.


Para as pessoas que trabalham e circulam próximo à Capistrano de Abreu, a reforma tem seus prós e contras. O vendedor de frutas ambulante, Ribamar do Amaral, 37, considera o aspecto positivo das transformações da Praça. "Acho que é bom. Tinha muita gente, muita coisa, estava tudo acabado", define, se referindo aos comerciantes informais que abarrotavam o espaço.


Sentada à beira da calçada e quase escorada aos tapumes que cercam a agora vazia Lagoinha, a vendedora de peças íntimas, Fabiana Ferreira, 27, lamenta a perda da clientela. Ela reclama da mudança para a Praça da Estação fato que comprometeu seu rendimento. "Ela (a Prefeita) mandou os feirantes pra lá pra morrerem de fome e essa obra não vai mudar nada, não mudaram a José de Alencar que é mais importante".


Em abril deste ano, mais de 1300 camelôs foram realocados para a Praça da Estação. Na realidade a medida atendeu a uma decisão da 7ª Vara da Fazenda Pública, que enviou pedido de desocupação para a Secretaria Regional do Centro. A prefitura já possui um projeto para a contrução do primeiro camelódromo da cidade que ficará localizado na Rua Princesa Isabel, logo atrás do novo Beco da Poeira. O terreno requisitado já foi desapropriado, restando apenas a emissão da posse.


A Sercefor foi contactada para prestar mais esclarecimentos com relação as mudanças na Praça da Lagoinha, mas até o final da produção dessa notícia não havia respondido às solicitações da reportagem.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Maracanaú investe em praças com maior acessibilidade


Praça do Conjunto Jereissat
As praças do município de Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza, vão as poucos ganhando mais adeptos. Maracanaú, já foi um município dormitório. Por conter um pólo industrial muito grande, e por ter em seu quadro de funcionários pessoas vindas de outros municípios, Maracanaú funcionava como “hotel” durante a semana. Os moradores de Maracanaú são pessoas que vieram na sua maioria do interior, logo, boa parte da população não tem relação afetiva com o lugar. 

A reestruturação das praças faz com que esse quadro mude, aproxima moradores e cria compromisso com o espaço. As novas praças são construídas e reformadas, tentando dar maior acessibilidade, para cadeirantes, idosos, e pessoas com deficiência visual.

Maracanaú foi construído sob forma de conjunto habitacional, com ruas bem definidas e longas. O projeto inicial contava com pequenas passagens de um quarteirão para o outro. Com os novos projetos de reurbanização esses espaços foram transformados em pequenas alamedas. Elas vão aos poucos descaracterizando o tom cinzento da cidade, já marcada pela poluição e pelo grande número de indústrias.

Praça Henrique Mendes
As praças são usadas não sua maioria como local para exercícios, para atividades de educação física das escolas, e por moradores dos arredores, que utilizam as quadras de esporte.

Os novos modelos de praças, além da acessibilidade contam com espaços, como se fossem mini-palcos. Utilizados em grande parte para eventos religiosos e culturais. O maior desafio é fazer com que a população se apodere cada vez mais das praças existentes, e que elas sejam construídas de forma mais distribuídas nos bairros do município.

Por Thiago Silveira

Praça Jardim Japonês

Uma das grandes realizações da prefeitura de Fortaleza em matéria de turismo foi a Praça Jardim Japonês inaugurado em 11 de abril de 2011. A população que tanto aguardava o evento teve que participar do lado de fora, através de um telão exposto no fio de pedra da calçada, como bem informa a paulista Michele Ferreira 24, zeladora da praça: “O lugar foi fechado para a população. Todo mundo ficou assistindo pelo telão fixado sobre dois buracos no fio de pedra da calçada”.

Desde que foi aberta ao público, à praça é visitada tanto por turistas nacionais, internacionais como locais. Muitos falam que a praça ficou muito bonita, mas há necessidade de mais seguranças e zeladores por 24 horas “aqui vem muita gente e só vejo um segurança, isto acaba com a nossa tranqüilidade”, declara Luísa Nagir 31, turista de São Paulo.
Já há quem arrisca receio de pichação, conforme Ernandes Costa , 28 anos,do bairro Papicu, que estava a tirar fotos com sua família: “eu temo pela falta de segurança á noite. Se não aumentar a segurança, isto aqui vai amanhecer todo pichado”.

No primeiro plano do Jardim Japonês passeia um segurança da guarda municipal de Fortaleza, que preferiu se identificar só pelo nome de guerra - Arruda. De acordo com ele, trabalham três vigias na praça que se revezam. Destes, dois atuam pela manhã e um á noite’.